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Jornada de Educação Alimentar e Nutricional: agricultura familiar na escola

  • Por ONutricional
  • 23 de set. de 2017
  • 2 min de leitura

Um dos grandes progressos na Lei da Alimentação Escolar 11.947/2009 reside na capacidade de alavancar o desenvolvimento sustentável, por meio do incentivo à compra de gêneros alimentícios locais e regionais além da obrigatoriedade da aquisição direta de produtos da agricultura familiar. Segundo esta lei, no mínimo 30% do valor total repassado pelo FNDE a cada ano, devem ser investidos na compra de produtos da agricultura familiar, do empreendedor familiar rural ou de suas organizações, priorizando-se os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e os quilombolas.

Por conseguinte, além dos incentivos ao desenvolvimento da agricultura familiar, à valorização da cultura e da participação dos sujeitos locais, a promulgação da Lei 11.947/2009 visa garantir a segurança alimentar e nutricional dos escolares regularmente matriculados em instituições públicas de ensino, por meio de uma alimentação adequada, a qual respeite os hábitos alimentares e culturais de cada região.

Por um lado, para quem produz alimentos, a iniciativa contribui para que a agricultura familiar se organize cada vez mais e qualifique suas ações comerciais. Por outro lado, para quem adquire esses produtos, o resultado desse avanço é mais qualidade na alimentação a ser servida, manutenção e apropriação de hábitos alimentares saudáveis e mais desenvolvimento local de forma sustentável.

A inserção dos produtos oriundos da agricultura familiar na produção dos alimentos servidos nas escolas públicas brasileiras trouxe diversos benefícios, pois o modelo de cultivo dos alimentos da agricultura familiar busca sobressair ao modelo de produção convencional, principalmente, no que se refere aos impactos gerados no meio ambiente.

Se antes as crianças se alimentavam com enlatados cheios de conservantes e comidas processadas, sobretudo por causa do poder das grandes indústrias de alimentos, que sempre dominaram o setor com produtos altamente calóricos e muito menos nutritivos, hoje é possível ver no prato delas frutas, hortaliças, verduras, dentre outros produtos saudáveis, inclusive regionais, que se perderam nos hábitos locais.

Falar em agricultura orgânica, consumo consciente e alimentação saudável é acreditar na sociedade do futuro quando, por exemplo, uma criança aprende a observar a natureza por meio de coisas simples como a compra de frutas da época e adquire uma experiência de vida.

Você conhece os agricultores familiares que fornecem os produtos para o cardápio de sua escola? A escola é a ponta que representa a integração, qualidade de vida, a valorização de todos os envolvidos no processo, dos que produzem e dos que consomem. Dialoguem com eles. Conheça suas histórias e o caminho feito por eles desde a plantação até a distribuição nas escolas. Esse desafio será uma experiência única de Educação Alimentar e Nutricional. O encontro da alimentação escolar com a agricultura familiar tem promovido uma verdadeira transformação nas escolas de nosso país ao permitir que alimentos saudáveis e com forte apelo regional, todos produzidos diretamente pela agricultura familiar, possam ser consumidos diariamente pelos alunos de todo o Brasil.

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