Má nutrição impacta negativamente na economia de países latino americanos
- Por ONutricional
- 26 de abr. de 2017
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Estudo de agência da ONU calculou perdas em produtividade e nos setores de saúde e de educação no Chile, Equador e México; somente no México, os problemas de nutrição fazem com que o país perca US$ 28,8 bilhões por ano.
Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque. Reproduzida de Rádio ONU.
Um estudo divulgado esta terça-feira por duas agências da ONU alerta para a possibilidade de um "futuro assustador" na região. O levantamento foi feito pela Comissão da ONU para América Latina e Caribe, Cepal, e pelo Programa Mundial de Alimentos. Chile, Equador e México foram os três países analisados. O estudo calculou quanto as três nações perdem em produtividade e nos setores da saúde e da educação.
O México é o mais afetado: os impactos da desnutrição [nota On: subnutrição] e da obesidade custam ao país US$ 28,8 bilhões por ano. Na sequência vem o Equador, com perdas de US$ 4,3 bilhões. No Chile, as perdas em produtividade custam ao país US$ 500 milhões.
O levantamento lembra que a desnutrição prejudica o crescimento físico e o desenvolvimento cerebral. Por outro lado, a obesidade pode causar diabetes, hipertensão e até câncer.
Pobreza
A secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, declarou que "o peso duplo da nutrição ruim afeta principalmente os mais pobres, sendo uma das causas das desigualdades na região".
O diretor do Programa Mundial de Alimentos na América Latina, Miguel Barreto, explicou que existem casos de famílias que enfrentam tanto o problema da desnutrição quanto do sobrepeso.
Futuro
Segundo o estudo, os casos de desnutrição [subnutrição] até estão diminuindo na região, mas os de "supernutrição" aumentam. O problema poderá vir a ser o maior peso econômico e social para a América Latina.
As agências calculam que de 2014 até 2078, é possível que sobrepeso e obesidade custem até US$ 13 bilhões para o México por ano, US$ 3 bilhões para o Equador e US$ 1 bilhão para o Chile.
O documento recomenda medidas aos governos: promover a educação dos consumidores em relação aos rótulos dos alimentos; incentivar atividades físicas e investir em programas de educação baseados na boa nutrição.
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