Dom Fragoso: um profeta do sertão
- Por ONutricional
- 14 de jan. de 2018
- 2 min de leitura
Documentário/Filme do Núcleo de Documentação Cinematográfica (NUDOC) da UFPB, sobre Dom Antônio Batista Fragoso, primeiro bispo de Crateús, no Ceará. O documentário, do cineasta Francis Vale, foi dividido em três partes. Confira:
Parte 1:
Parte 2:
Parte 3:

Da página do MST, por Genivando Santos:
Mesmo com todas as atrocidades da burguesia selvagem, ainda há esperança. É do Sertão Paraibano que surge o sopro de Vida. O profeta dos pobres, o homem santo. Dom Antônio Batista Fragoso, sertanejo paraibano de Teixeira, nasceu em 10 de dezembro de 1920. Profundamente marcado pelo compromisso evangélico com a causa dos pobres, e com esse compromisso de lutar contra as opressões é que Fragoso se torna o primeiro bispo da Diocesse de Crateús, CE, onde permaneceu por 34 anos (1964 a 1998).
Como bispo, aprofundou sua caminhada ao lado dos camponeses, mulheres, juventude, formando e animando comunidades, na perspectiva da Igreja dos Pobres, popular e libertadora.
Mesmo com as perseguições por parte dos militares, Fragoso nunca deixou de lutar em defesa dos pobres, estava sempre ao lado dos Sem Terra, das prostitutas, dos posseiros, trabalhadores rurais sem direitos. Por isso, era perseguido. Quando indagado se era subversivo, comunista, ele respondia: “subversivo é a realidade de opressão que vive os pobres”.
Guiado pelo Deus da Vida, Dom Fragoso foi plantando a semente da vida nova, sementes essas chamada de Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). “Fragoso pastor comprometido com a luta dos pequenos, homem de Deus que a luz do Evangelho fez jorrar fonte de esperança, motivou a formação das comunidades, assentamentos, dos sindicatos, das pastorais, dos movimentos sociais e da organização dos oprimidos. Fragoso acreditava que os trabalhadores tinham que ser livres, libertos e protagonista de sua própria história e que a raiz de tudo isso estava na organização comunitária”, afirma Virginia dos Santos, uma das fundadoras das CEBs da região de Crateus e hoje assentada no Assentamento Santana, em Monsenhor Tabosa.
Para Maria de Jesus dos Santos, da coordenação Nacional do MST, “Dom Fragoso acreditava na educação libertadora, na comunicação que transforma as consciências, na formação por meio da fé e da prática e tinha certeza de que os movimentos sociais eram fundamentais para a construção da emancipação humana, por isso motivou a criação de organizações como: sindicato de trabalhadores rurais, o MST, e diversas pastorais.
Em 12 de Agosto de 2006 vivendo na Paraíba, Dom Fragoso morre, mas seus ensinamentos permanecem firmes como rocha. E em 2014 seus restos mortais são trazidos a Crateús.
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